Durante esse período, embora o governo de Justin Trudeau tenha aberto novos espaços para o direito do cidadão de ter acesso a informações, existiu uma percepção generalizada de falta de transparência em determinados assuntos: vigilância compartilhada, segurança das fronteiras, possível violação das liberdades individuais através do uso das informações digitais nos telefones celulares e outros dispositivos eletrônicos por cidadãos em trânsito entre o Canadá e os Estados Unidos.
Foram motivo de preocupação especialmente as informações recebidas pela Associação Canadense de Jornalistas de que integrantes da Real Polícia Montada do Canadá (RCMP, suas siglas em inglês) estavam impedindo que a mídia testemunhasse as ações policiais enquanto se cumpria uma ordem judicial e a prisão de pessoas que protestavam contra o Projeto Coastal GasLink, em Wet'suwet'en. Desde 31 de dezembro de 2019, a RCMP intensificou sua ação para manter a mídia fora da área onde os chefes hereditários de Wet'suwet'en estão tentando defender sua jurisdição na Colúmbia Britânica.
A Associação Canadense de Jornalistas continua pedindo aos funcionários públicos do país que respeitem o valor essencial da liberdade de imprensa como elemento fundamental na construção de uma democracia forte.
Foi motivo de preocupação também a percepção de que a cobertura do escândalo de SNC-Lavalin que resultou na saída do governo da ex-ministra da Justiça, Jody Wilson-Reybaud e outros membros do Partido Liberal, estava sendo politicamente manipulada.
O país foi classificado em 18º lugar no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2019 da organização Repórteres sem Fronteiras. Com isso, volta para a lista dos 20 principais países que defendem a liberdade de imprensa.