O país está navegando em águas turbulentas enquanto se recupera lentamente da pandemia. Continuam em vigor restrições e controles rígidos para os jornalistas que cobrem temas relacionados à saúde pública.
Diversas questões legislativas afetam a liberdade de expressão. Em 23 de junho, o governo apresentou o projeto de lei C-36, que aborda a questão do ódio on-line. No entanto, há preocupações de que ele poderia restabelecer os poderes contemplados na Lei Canadense de Direitos Humanos que poderiam impactar a liberdade de expressão. O projeto de lei prevê a criação de supervisores governamentais de "segurança digital" para monitorar "provedores de serviços de comunicação on-line", o que poderia resultar na intromissão do governo nos conteúdo.
No final do ano passado, o governo apresentou o projeto de lei C-10, uma emenda à controversa Lei de Radiodifusão do Canadá. À primeira vista, o projeto de lei parecia inofensivo, visando colocar serviços de streaming como o Netflix sob o controle da Comissão Canadense de Radiotelevisão e Telecomunicações (CRTC). Entretanto, durante sua implementação, eliminou-se uma isenção importante para o conteúdo gerado pelo usuário. O projeto de lei foi então aprovado na Câmara dos Comuns, apesar das advertências de que daria ao regulador poder demais para limitar os direitos dos cidadãos à liberdade de expressão.
Continuam as discussões sobre uma iniciativa dos deputados conservadores para retirar fundos das operações da Canadian Broadcasting Corporation, o que afetaria várias comunidades que utilizam essa fonte de informação.
As publicações aborígines, étnicas e em língua estrangeira continuam mostrando um leve aumento no número de leitores. Várias dessas publicações quinzenais de comunidades étnicas, pequenas, porém cada vez mais sólidas, se estabeleceram como a fonte de informações locais atualizadas.