CONSIDERANDO que desde abril de 2016 até a data 12 jornalistas foram assassinados: sete no México, três no Brasil e um na Guatemala e um nos Estados Unidos;
CONSIDERANDO que Aurelio Campos, diretor do semanário El Gráfico de la Sierra em Huauchinango, Puebla, México, foi assassinado em 14 de setembro;
CONSIDERANDO que Pedro Tamayo, colaborador do El Piñero de la Cuenca, em Tierra Blanca, Veracruz, México, foi assasinado em 20 de julho;
CONSIDERANDO que Salvador Olmos García, apresentador do programa "Pitaya negra", na rádio comunitária Tuun Ñuu Savi, em Huajuapan, Oaxaca, México, foi assassinado em 26 de junho;
CONSIDERANDO que Zamira Esther Bautista, jornalista autônoma e professora em Ciudad Victoria, Tamaulipas, México, foi assassinada em 20 de junho;
CONSIDERANDO que Elpidio Ramos Zárate, repórter do El Sur, Diario Independiente del Istmo, em Juchitán de Zaragoza, Oaxaca, México, foi assassinado em 19 de junho;
CONSIDERANDO que Manuel Torres, editor do website "Noticias MT", em Poza Rica, Veracruz, México, foi assassinado em 14 de maio;
CONSIDERANDO que Francisco Pacheco Beltrán, correspondente da Radio Capital em Taxco, Guerrero, México, foi assassinado em 25 de abril;
CONSIDERANDO que Maurício Campos Rosa, jornalista e proprietário do jornal O Grito, em Santa Luzia, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, foi assassinado em 17 de agosto;
CONSIDERANDO que João Miranda do Carmo, proprietário e editor do website SAD Sem Censura, em Santo Antônio do Descoberto, Goiás, Brasil, foi assassinado em 24 de julho;
CONSIDERANDO que Manoel Messias Pereira, proprietário do site de notícias www.sediverte.com.br, em Grajaú, Maranhão, Brasil, foi assassinado em 9 de abril;
CONSIDERANDO que Álvaro Alfredo Aceituno López, jornalista e diretor da rádio Ilusión, em Coatepque, Quetzaltenango, Guatemala, foi assassinado em 25 de junho;
CONSIDERANDO que Jay Torres, jornalista e fotógrafo do La Estrella, Dallas, Texas, Estados Unidos, foi assassinado em 13 de junho;
CONSIDERANDO que o princípio 4 da Declaração de Chapultepec estabelece que: "O assassinato, o terrorismo, o sequestro, as pressões, a intimidação, a prisão injusta dos jornalistas, a destruição material dos meios de comunicação, qualquer tipo de violência e impunidade dos agressores, afetam seriamente a liberdade de expressão e de imprensa. Esses atos devem ser investigados com presteza e punidos severamente"
A 72ª ASSEMBLEIA GERAL DA SIP DECIDE
Condenar os assassinatos dos jornalistas Aurelio Campos, Pedro Tamayo, Salvador Olmos García, Zamira Esther Bautista, Elpidio Ramos Zárate, Manuel Torres e Francisco Pacheco Beltrán do México; Maurício Campos Rosa, João Miranda do Carmo e Manoel Messias Pereira, do Brasil; Álvaro Alfredo Aceituno López, da Guatemala, e Jay Torres, dos Estados Unidos;
Instar os governos e autoridades correspondentes do México, Brasil, Guatemala e Estados Unidos a aplicar com rigorosidade a justiça para esclarecer os motivos dos assassinatos, encontrar os culpados e castigar os responsáveis materiais e intelectuais;
Reiterar que todos os tipos de agressões a jornalistas constituem uma ameaça às liberdades de expressão e de imprensa;
Fomentar nos jornalistas e na mídia a cultura da denúncia contra a violência e impunidade dos crimes contra jornalistas.